Lições de Del Toro: Como não criar um Código Frankenstein

Com a estreia da nova adaptação de *Frankenstein* por Guillermo del Toro na Netflix, o monstro mais icônico da cultura pop volta ao centro das atenções. O diretor mexicano é mestre em encontrar beleza e complexidade em criaturas assustadoras. Porém, para muitos gestores e líderes de tecnologia, o horror de ver uma criação feita de retalhos ganhando vida é uma realidade diária — e nada poética — nos servidores da empresa.

Estamos falando da Síndrome do Código Frankenstein.

Tal como o cientista que uniu partes desconexas na tentativa de criar vida, muitas equipes de tecnologia acabam, sem perceber, construindo os seus próprios monstros. O que começa como uma intenção legítima — lançar uma funcionalidade rápida ou corrigir um problema urgente — transforma-se, com o tempo, numa estrutura complexa, remendada e difícil de manter.

Neste artigo, vamos entender como essa “criatura” nasce dentro das empresas e, inspirados pela atenção aos detalhes de Del Toro, aprender como impedir que ela ameace a agilidade do seu negócio.

A Anatomia da Criatura: Como Nascem os “Frankensteins” Digitais

No cinema, a característica visual do monstro são as suas costuras. Ele não é um todo orgânico; é uma união forçada de partes que não deveriam estar juntas.

No desenvolvimento de software, a analogia é precisa. O Código Frankenstein é aquele sistema que perdeu a sua identidade lógica. É o resultado acumulado de anos de decisões táticas que ignoraram a estratégia de longo prazo. Ele acontece quando a urgência do “agora” atropela a qualidade do “amanhã”.

 

O Ciclo Vicioso dos “Remendos Rápidos”

Tudo começa com uma frase que parece inofensiva: *”Faz funcionar agora, depois a gente melhora”.*

Imagine o cenário: o mercado exige uma nova funcionalidade imediatamente. A equipe, pressionada pelo prazo, cria um “puxadinho” no código. Funciona? Sim. É a melhor solução técnica? Provavelmente não.

Este é o primeiro “ponto de sutura”. Quando a próxima atualização chega, ela precisa ser costurada sobre essa base que já não é ideal. Bibliotecas antigas misturam-se com tecnologias novas sem critério. Regras de negócio são duplicadas. O sistema torna-se um aglomerado de partes que não foram feitas para trabalhar juntas.

O resultado é um software que até roda, mas cada movimento (atualização ou correção) torna-se lento, pesado e arriscado.

 

 Custo Invisível da Dívida Técnica

Nas empresas, o custo de alimentar esse monstro tem nome: Dívida Técnica. Você “compra” velocidade hoje fazendo de qualquer jeito, mas paga juros compostos no futuro.

Os sintomas dessa dívida são claros:

  • Instabilidade: O sistema cai ou apresenta erros inexplicáveis, especialmente em momentos de pico.
  • Lentidão no Time-to-Market: O que levaria dias para desenvolver leva semanas, porque a equipe precisa navegar com cautela num código confuso para não “acordar a criatura”.
  • Custo Elevado: Manter essa estrutura ineficiente exige mais recursos de infraestrutura e mais horas de trabalho da equipe apenas para manter as luzes acesas.

 

Domando o Monstro: Transformando o Caos em Performance

Ao contrário da tragédia original de Mary Shelley, a história do seu software pode ter um final feliz. Você não precisa descartar todo o investimento feito até aqui. A solução exige uma mudança de mentalidade: sair do modo “sobrevivência” para o modo “estratégia”.

A chave não é necessariamente reescrever tudo do zero — o que é caro e paralisa a operação —, mas sim aplicar engenharia de software inteligente para organizar a casa.

 

Refatoração Estratégica vs. Começar do Zero

Muitos líderes caem na tentação de querer refazer todo o sistema. Cuidado. Reescrever do zero costuma ser arriscado porque subestima as regras de negócio complexas que o sistema atual, mesmo com problemas, já executa corretamente.

A abordagem mais inteligente geralmente é a refatoração progressiva. É como realizar cirurgias corretivas e estratégicas. Identificamos os módulos mais críticos e os transformamos em código limpo e independente. Aos poucos, as “costuras” desaparecem, o sistema ganha fluidez, estabilidade e elegância, sem que a empresa precise parar sua operação.

 

A Abordagem da Marjô: Soluções Sob Medida para o Seu Legado

Na Marjô Tecnologia, entendemos que o seu código atual é o registro histórico do crescimento da sua empresa. A nossa abordagem de desenvolvimento sob demanda atua na contramão do caos, focando em organização e qualidade:

  1. Diagnóstico Preciso: Analisamos a arquitetura para entender onde estão os gargalos reais e os pontos que oferecem risco à operação.
  2. Equipes de Elite (Squads): Trazemos profissionais seniores, escolhidos a dedo, que têm a experiência necessária para diferenciar um código legado funcional de um trecho que precisa ser modernizado.
  3. Evolução Sustentável: Trazemos uma mentalidade de boas práticas para que o sistema evolua de forma saudável, reduzindo a dívida técnica gradualmente a cada entrega.

Não deixe que a sua tecnologia se torne um problema assustador. Transforme o seu legado numa base sólida para o futuro.

O seu software precisa de uma evolução estratégica? [Fale com os especialistas da Marjô e vamos domar esse Frankestein]

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