Existe um risco eminente na vida de um empreendedor, as coisas podem mudar de uma hora para outra, uma nova tecnologia pode nascer e tornar a sua obsoleta, fornecedores de quem você depende pode mudar a regra do jogo ou simplesmente não venderem mais pra você ou mesmo uma doença pode embolar o meio de campo. Em todos esses casos precisamos ser éticos e ter uma linha moral para nos guiar.

Gostei sobremaneira da experiência de Jan Newman que emprestara capital de um investidor (sem nenhum contrato, apenas na confiança, claro isso não parece muito sábio, fazer as coisas no fio do bigode já deu), mas gostei da lição que ele aprendeu quando as coisas não estavam caminhando bem, cito:

No primeiro ano, estávamos apenas trabalhando, começamos a contratar pessoas e então nosso negócio simplesmente morreu. E fui até Ray e disse: “Ray, o que fazemos?” e ele diz: “Bem, como você vai fazer a folha de pagamento na próxima semana?” E ele diz, e eu estou pensando que ele vai, tio Ray vai jogar mais algum dinheiro na empresa… esqueça. Ele viu essa grande oportunidade de me ensinar algo e disse: “Como você vai fazer a folha de pagamento?” e eu digo: “Eu não sei.” E ele diz: “Bem, você tem algum dinheiro?” e eu digo “Sim”. “Bem, por que você não dá um empréstimo à empresa?” e eu digo “Não estou emprestando dinheiro a esta empresa, há um bando de idiotas administrando isso … eu.” [Risos] Mas ele disse: “Sabe de uma coisa, você precisa entrar no jogo”.

Fiquei ponderando sobre “entrar no jogo”, e quão pessoalmente tenho o compromisso de enfrentar o jogo, mesmo com crises e momentos difíceis sendo honesto em todas as coisas aceitando todas as regras do jogo mesmo quando “dar a Cézar o que é de Cézar” no primeiro momento não pareça justo.

Acho que aprendi essa semana que um empreendedor precisa ter coragem, sobre tudo, coragem.